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Meu filho precisa de óculos, e agora?

Publicado originalmente no justrealmoms.com.br

“Meu filho precisa de óculos, e agora?”. Aí bate a culpa e a apreensão. Bom, esse texto vai te acalmar e te explicar o que você deve fazer neste momento. Confira!

Quando eu era criança nos anos 80, poucos dos meus primos ou amigos da escola usavam óculos. Hoje em dia não sei se eu reparo mais pois trabalho com isso, mas percebo muito mais crianças já usando óculos aos 7 anos ou menos de idade.

O dia a dia no consultório e os estudos mais recentes dizem o mesmo: o número de crianças míopes está aumentando.

Então o que fazer quando descobrimos que nosso filho precisa usar óculos?

A primeira coisa é lidar com a “culpa” que todos os pais e mães conhecem bem: Como não percebi antes? Será que vai piorar? Será que fiz algo errado?

Na verdade, se uma criança é míope a culpa não é dos pais.

Existe uma quantidade de fatores que influenciam no aparecimento e evolução da miopia que é assunto para outros artigos, mas por enquanto peço só pra você acreditar em mim quando digo que ninguém tem culpa.

Aliás, sinta-se privilegiado(a) por ter a oportunidade de oferecer essa melhora para vida da sua criança, pois grande parte da população mundial não tem essa opção.

Então vamos lá, a primeiríssima coisa ao descobrir que seu filho precisa de óculos é entender que um mundo novo vai se abrir na frente dessa criança.

As cores e formas que antes ela não enxergava e achava que o mundo era naturalmente sem graça vão aparecer na sua frente como mágica. Assim, é muito comuns as crianças nem quererem mais tirar os óculos.

Segunda coisa: escolher a armação e as lentes corretas.

É legal levar a criança junto para escolher e que os tentem atendê-la na medida do possível, isso vai facilitar o aceite e adaptação.

O tamanho:

Os olhos da criança têm que ficar no centro da lente, e a armação tem que ficar bem presa a cabeça, para não cair durante os movimentos mais bruscos.

O centro deles precisam encostar na base do nariz, senão os óculos vão escorregar.

Não pense que é melhor comprar um pouco maior porque a criança vai crescer – aliás a estatística é que elas quebram ou perdem 3 óculos por ano. Então, não se preocupe com isso e sim em tentar escolher um que você tenha condições de repor.

As lentes:

Devem ser de policarbonatos ou outros materiais que não quebrem tão fácil. A contrapartida é que esses materiais riscam mais fácil, então é bom colocar um anti-risco também. Lembre-se que a segurança tem que vir em primeiro lugar.

Existem ponteiras de silicone e faixas para prender atrás da cabeça.

As ponteiras são interessantes para deixar os óculos mais fixos. Já, as faixas não julgo essenciais, mas você pode querer ter uma para usar caso seu filho não tire os óculos – nem pra ir numa montanha-russa.

Para limpar os óculos cheios de dedinhos engordurados ainda a melhor opção é água, sabonete e papel higiênico.

Tecidos próprios para limpeza de lentes como os que costumam vir junto dos óculos são bons também. E muito cuidado com o álcool gel, pois ele pode tirar a proteção das lentes e deixar manchas no lugar.

Por fim, como transformar o uso de óculos em algo positivo:

Eu desaconselho que se fale perto da criança que ela “tem que usar óculos”, pois isso faz parecer castigo.

Troque por “ela pode usar óculos”, até porque eu tenho todos os dias no consultório crianças querendo usar óculos e ficam tristes quando eu mostro que elas não têm grau nenhum.

Então poder usar óculos vai fazê-la se sentir especial!

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Dr. Hallim Féres Neto

Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC em 2004, Residência em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina do ABC em 2007 e especialização em Gestão em Saúde no Insper em 2015. É Cirurgião de segmento anterior no Hospital Israelita Albert Einstein desde 2010 Possui especialidade em: Cirurgia Refrativa, Catarata, Ceratocone e Adaptação de Lente de Contato